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4 de novembro de 2022

Estima-se que houve um aumento de 18,74% nos declarantes que caíram na malha fina

Em 2022, o leão pegou na malha fina mais de um milhão de brasileiros na entrega da declaração do Imposto de Renda, referente ao ano-calendário de 2021.

De acordo com dados da Receita Federal, os motivos que levaram esta parte dos contribuintes a ficarem retidos na malha fina variou bastante e essas pessoas ficaram de fora dos lotes de pagamentos da restituição deste ano.

O doutor e mestre em Direito Tributário, André Félix Ricotta de Oliveira, explica que um dos principais motivos para o contribuinte cair na malha fina é o fato de ter preenchido e entregado a declaração conforme os informativos recebidos. No entanto, a fonte pagadora apresenta os rendimentos incorretos. 

Outra possibilidade é a pessoa preencher a declaração com inconsistências ou até mesmo omissões.

“Em muitos casos, não se trata de sonegação de impostos, mas é por causa de dados incorretos ou preenchimento errado das informações na declaração do imposto de renda. Com isso, a declaração do contribuinte fica retida na malha fina da Receita Federal. Por esse motivo, existe a necessidade de estar com toda a documentação correta em mãos na hora da entrega e preencher com conhecimento e atenção”, orienta Oliveira.

Os 1.032.279 de contribuintes que ficaram na malha fina representam um aumento de 18,74% em relação ao número registrado em 2021. Do contingente retido neste ano, 78,6% das declarações têm imposto a restituir, 19,2% a pagar e 2,1% com saldo zero.

O próprio contribuinte pode descobrir o que há de errado com a sua restituição. Basta entrar no site da Receita Federal, na área de extrato do Imposto de Renda. É preciso ter cadastrada uma senha para o acesso. 

O advogado alerta que o valor do IR a ser restituído pode diminuir, ou mesmo o contribuinte pode passar a ter de pagar o tributo.

 Os cinco maiores motivos para uma declaração cair na malha fina são:

– Omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes;

– Despesas médicas;

– Divergências entre o IRRF informado na declaração e o informado pela fonte pagadora (imposto retido pela empresa ao longo do ano);

– Dedução de previdência oficial ou privada;

– Dedução de dependentes, pensão alimentícia e outras.

Fonte: Portal Contábeis 

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